segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Essa tal de defensiva...

Eu postei esse texto em novembro, mas achei que ele devia ser "ré-postado" por motivos mais que óbvios.



Eu não sei se isso é uma impresão minha (ou da impressora?) mas, sempre que nos decepcionamos com alguém , a convivência com o resto do mundo acaba se tornando mais difícil. É aquela coisa: Você conhece uma pessoa, se deslumbra e, por alguns instantes acha que é a melhor pessoa do mundo(sim, por que todo mundo uma vez na vida, acha que já conheceu "A Pessoa").



E aí, depois de você ter feito todas as propagandas possíveis sobre ela, descobre-se que "nem era bem assim". Aí, qual é a primeira coisa que se pensa? -Não vou mais confiar em ninguém! - E, mesmo que se tente lutar contra isso, não tem jeito: Nunca mais vai ser a mesma coisa. E quem vem atrás é que sobra né? (lá ele!) mesmo sabendo que ninguém tem culpa da "overdose de encanto" que você teve, mas elas acabam sendo vítimas de uma situação que nem você mesmo controla e sabe explicar.



Então, a pergunta é: Quem inventou a defensiva? Por que resolvemos segui-la se todas as pessoas são diferentes e se nunca se sabe de quem vai gostar?

O que eu sei é que isso já é um fator dominante em mim. Tenho medo de gostar e um pânico terrível de desgostar, que é a pior parte do gostar. Mas sei que isso é um fator importante na minha evolução e nos meus conhecimentos afetivos. Por isso, se eu encontrasse hoje o cara que inventou a defensiva eu diria a ele que todo seu trabalho foi inútil; A gente ainda continua se deixando levar.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Eu e Laila Cabral

Você já olhou pra alguém e quis que esta fosse sua amiga? Assim, por simplesmente olhar e achar que aquela pessoa tem cara de que vai ser sua amiga?

Foi assim que eu conheci Laila Cabral .

Eu ficava meio que rondando ela na sala (Tá! Eu sei que eu não preciso disso, mas tenho o maior orgulho em dizer que ela foi minha única "amizade conquistada").

Ela tinha um caderno rosa "Cuidado! Garota TPM" e andava meio inclinadona sabe? (só depois que eu descobri que ela tinha escoliose)e eu era doidinha pra falar com ela!

Aí, um dia eu estava entrando na sala e ela estava parada perto da porta. Puxei conversa:

-Qual é a sua equipe do projeto?
- Cultura. -Ela respondeu totalmente seca.

Eu fiquei hiper-sem graça e entrei. Depois disso me veio uma idéia louca de que ela conhecia Alessandro (eu achava que todo mundo era afim dele).

E bem depois é que ela resolveu dar bola pra mim. Aí cabou tudo!

Nossa amizade foi crescend, crescendo, passou do Vitória-Régia, foi pro Pierre Verger (o colégio falido de Buiú) e depois pro Rio Branco. Dois anos vivendo juntas praticamente todos os dias e acabamos descobrindo que nossa amizade é mais antiga que imaginávamos.

Ela, junto com Amanda, formam a união mais perfeita entre pessoas diferentes e me fazem muito feliz por isso.

Foi ela quem me apresentou Vander Lee.

Hoje, ela é meu porto seguro, minha confidente de coisas que eu tenho verginha de admitir até pra mim mesma.

"Foi o tempo que dedicaste a tua rosa que a fez tão importante"


Eu não me arrependo de nenhum segundo da minha vida que dediquei a você.

sábado, 9 de agosto de 2008

Dia dos "Pais de novela"

Quando eu era guria eu tinha uma verdadeira adoração pelo meu pai. Tínhamos um código: Toda vez que ele chegava do trabalho, ele assobiava lá do começo da rua e eu sempre sabia que era ele. Aí eu me escondia (sempre atrás do sofá ¬¬) e ele ia me achar. Nem tirava a mochila.


Depois de anos...

O último dia dos pais que eu me lembro que comemorei foi na escola. Eu era 4º série. A professora (Pró Maria Diniz *-*) me pediu pra ler um texto lá ne frentona da sala pra todos os pais que estavam lá. Eu li o texto todinho e os pais aplaudiram de pé! Fiquei toda orgulhosa de mim né? Afinal só tinha a mim mesmo pra se orgulhar por que meu pai não estava lá.

Ele nunca ia, nem quando eu ganhei o concurso de poesia ele foi. Pode até parecer bobagem, mas esse é só um exemplo de como ele era ausente nas nossas vidas.

Hoje, o que mudou é que ele não mora mais com a gente, não fala mais com a minha irmã, nem se mete mais na minha vida e que ele continua dizendo que "não é pai de novela".

O que não mudou foi só a ausência dele e a minha vontade que ele fosse "o pai de novela" que muitas pessoas que conheço tem.





"Num rio, eu levo seu filho pra brincar longe
Enquanto seus atos não correspondem aos de um pai
[...]
Se eu pudesse mostrar as dores que eu sinto
Quando eu rio dos seus ataques belos de vida
E mesmo a partida do seu carinho merece um vinho
E um pouco de ar.
E o que eu puder fazer pra te ver bem
E o que eu puder dizer
O que você precisa que eu não sei?
Cobrir a casa com amor?

Eu faço a minha parte. "


(Pais, Violins)