Estou aqui, depois de 7 dias ou UMA SEMANA, pra ser mais concisa e desesperada, pra desabafar sobre o que foi minha experiência de exatas 56 horas (8 horas por dia) sem ter nenhum contato com o mundo virtual.
Não vou mentir: Eu não imaginava que fosse tão desesperador. O pior é o que você descobre quantas coisas úteis está deixando de fazer, quantas pessoas está deixando de falar, enfim... Um inferno tecnológico (ou da falta dele).
O pior é que baseado numas coisas que eu andei lendo sobre vício em internet , cheguei a conclusão que estou a beirinha disso aí.
Mas como tudo de ruim na vida tem um lado bom ou pelo menos eu acho, eu descobri o lado bom de ficar sem internet no trabalho: Pode ser didaticamente correto, se é que vocês me entendem...
Como eu não tinha absolutamente nada pra me entreter entre um atendimento e outro, aproveitei minha semana de provas pra estudar. E não é que deu certo?
Dentre as milhares de coisas que aprendi, posso destacar algumas do tipo:
→ A sociabilidade na internet, é uma realidade instantânea e hoje é quase impossível não se adaptar a isso. nada pessoal não é? (Comunicação Comparada);
→ Numa filmagem, em cenas de duas pessoas ao telefone, por regra, elas devem olhar para lados opostos, pra dar a sensação de estarem falando uma com a outra (Narrativas Audiovisuais);
→ As câmeras Full Frame, são as mais caras e usadas para campanhas milionárias e modelos internacionais (Fotografia);
*E o melhor e quase impossível:
→ Para uma amostragem precisa, deve-se usar a TNA [Tabela dos números aleatórios] e que as tabelas estatísticas devem ser feitas de acordo com o NAT [Normas de apresentação tabular] (Estatística) Sim, eu aprendi estatística.
E hoje pra finalizar essa abstinência que perecia interminável, eu li DOIS livros: A terra dos meninos pelados (Graciliano Ramos) e A hora da estrela (Clarice Lispector)
Por fim, a única coisa que eu tenho a pedir ao departamento de TI da miseradorável empresa em que trabalho, é que me deixem no direito de optar por estudar e de nunca mais ficar sem computador. Obrigado.
Mas 1 dia e eu morria, senão pelo tédio, seria por 'anti-sociabilidade' virtual.
Lei Rouanet: O espantalho de Nando Moura
Há 7 anos