sábado, 16 de janeiro de 2010

.hum


'Porque eu falo que estou bem

Quando é óbvio que não estou?

Porque é tão difícil dizer o que eu quero?'
(These R The Thoughts - Alanis Morissette)


















E se eu disser que eu tô confusa?

E que até quem acha que sabe o que eu sinto, não sabe?


E que eu tô com medo? Não de mim, nem de palhaço, nem de ficar sozinha em casa e nem de atravessar a rua. Eu tô com medo de ter ficado 'ilegível'.
Ninguém sabe me ler mais. Eu minto e ninguém percebe mais!

Ou pior: Eu é que não consigo ver que as pessoas estão vendo em mim. Não sou mais óbvia, transparente...


Ou estou mentindo pra mim mesma, descaradamente.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A verdade sobre Flávia Ataíde


Escrito em 15/04/2009


Ela pode ser insuportável às vezes, mas consegue ser extraordinariamente incrível
em outras. Prova disso, é que foi eleita por mim e pelas tantas outras pessoas que hoje ouvem Los Hermanos, como a autora da melhor coletânea deles: O Melhor de Los Hermanos, por Flávia Ataíde.

Não é mentira minha não! Podem perguntar a qualquer um do 'meu pessoal' ou até aos guris lá da casa da minha vó que sabem na ponta da língua 'Romeu e Julieta'* e 'Bom dia'**, que são raridades e nunca foram lançadas.

Mas eu não falo só por isso não. É por ela saber muito e com clareza como me ganhar, como me perder (e isso significa que não pode ser minha inimiga nunca #fato), por ter inteligência suficiente pra prolongar minhas idiotices e sempre as faz, pra minha alegria.

Tenho consciência da sua bipolaridade, das suas esquisitices, das suas grosserias, das suas porcarias e talvez por esses mesmos motivos, eu confie tanto nela, já que confiou tanto em mim a ponto de me deixar ver essas coisas.

Tá certo que desandamos um tempo, mas foi só pra provar o quanto somos fracas uma sem a outra. No fim eu acho (na verdade, eu tenho certeza) que só tenho a agradecê-la; pelos conselhos, pelos exemplos, pelos consolos, pelas milhões de intervenções em brigas que não eram suas, pelos Ataídes pestes do meu coração e principalmente por me fazer mudar de opinião ao seu respeito.

Para uma pessoa que eu detestava gratuitamente, até que tem muita moral pro meu gosto, né não?

Eu amo muito.




* ** Músicas de Los Hermanos

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Até a abstinência tem seu lado bom

Estou aqui, depois de 7 dias ou UMA SEMANA, pra ser mais concisa e desesperada, pra desabafar sobre o que foi minha experiência de exatas 56 horas (8 horas por dia) sem ter nenhum contato com o mundo virtual.


Não vou mentir: Eu não imaginava que fosse tão desesperador. O pior é o que você descobre quantas coisas úteis está deixando de fazer, quantas pessoas está deixando de falar, enfim... Um inferno tecnológico (ou da falta dele).
O pior é que baseado numas coisas que eu andei lendo sobre vício em internet , cheguei a conclusão que estou a beirinha disso aí.
Mas como tudo de ruim na vida tem um lado bom ou pelo menos eu acho, eu descobri o lado bom de ficar sem internet no trabalho: Pode ser didaticamente correto, se é que vocês me entendem...
Como eu não tinha absolutamente nada pra me entreter entre um atendimento e outro, aproveitei minha semana de provas pra estudar. E não é que deu certo?


Dentre as milhares de coisas que aprendi, posso destacar algumas do tipo:

→ A sociabilidade na internet, é uma realidade instantânea e hoje é quase impossível não se adaptar a isso. nada pessoal não é? (Comunicação Comparada);


→ Numa filmagem, em cenas de duas pessoas ao telefone, por regra, elas devem olhar para lados opostos, pra dar a sensação de estarem falando uma com a outra (Narrativas Audiovisuais);

→ As câmeras Full Frame, são as mais caras e usadas para campanhas milionárias e modelos internacionais (Fotografia);


*E o melhor e quase impossível:

→ Para uma amostragem precisa, deve-se usar a TNA [Tabela dos números aleatórios] e que as tabelas estatísticas devem ser feitas de acordo com o NAT [Normas de apresentação tabular] (Estatística) Sim, eu aprendi estatística.


E hoje pra finalizar essa abstinência que perecia interminável, eu li DOIS livros: A terra dos meninos pelados (Graciliano Ramos) e A hora da estrela (Clarice Lispector)


Por fim, a única coisa que eu tenho a pedir ao departamento de TI da miseradorável empresa em que trabalho, é que me deixem no direito de optar por estudar e de nunca mais ficar sem computador. Obrigado.


Mas 1 dia e eu morria, senão pelo tédio, seria por 'anti-sociabilidade' virtual.

sábado, 22 de agosto de 2009

'O Exercício das Pequenas Coisas'

Despertador toca | olha | mais 10 minutos | levanta | toma banho | deixa o lixo no portão | sái correndo | perde o ônibus ou não | dorme no ônibus | desce na lapa| chega 13 minutos depois | trabalha | conversa | ri | muda de setor e se irrita | trabalha | conversa | almoça | deita no sofá ou não | volta | trabalha | ri | telefona | muda de setor e se irrita | trabalha | sai do trabalho | anda até a faculdade | chega 14 minutos depois | laboratório de informática ou não | aula | sai | pega ônibus na lapa | chega em casa | faz comida do dia seguinte ou não| remédio da hipertensão | dormir ->








Lembrando que algumas outras coisas pequenas podem ser adicionadas a esse roteiro, mas tão pequenas quanto.

domingo, 3 de maio de 2009

Clube de criatividade 'Nextel'

Tá, seu sei que eu sou mais atrasada a saber das coisas do que corno. Mas, eu já tinha visto a campanha da Nextel antes, só não tinha dado muito ibope a ela, até prestar atenção.

Foi feita pela Loducca e a direção foi de nada mais, nada menos que Fernando Meirelles; o cara da cidade de Deus. Pra quem não sabe, ela era do ramo publicitário antes e só dirigiu os filmes dessa campanha a pedido do Celso Loducca.

A idéia que a nextel passou foi muito interessante. Eles usaram pessoas (algumas famosas, outras não) que aparentemente tinham tudo pra não obter um sucesso profissional e usaram esse mesmo 'tudo' para crescer profissionalmente e serem respeitadas por serem quem são.

Baseado no slogan: "Bem vindo ao clube'', a campanha expressa, segundo o próprio Celso, que eles se basearam em como as pessoas vêem e usam a nextel atualmente; como um 'clube de relacionamentos': se afastando um pouco da idéia de corporativo, empresarial e indo mais pro pessoal. E de acordo com o Guga Ketzer, o diretor de criação, a campanha transparece a personalidade de pessoas que são vistas de uma forma comercial.

Dentre os famosos estão: Fernanda Young, Cacá Bueno e Camila Morgado. Os anônimos são tão interessantes quanto o deles, com destaque para o 'surfista' , a 'tímida' e a 'linda'

Alguns deles ainda estão no ar e roubando a descrição do Guga,eu diria que essa campanha é criativa, ousada, diferente e conseguiu realmente resposicionar a marca. . Vale a pena dá uma olhada.

Aqui estão minhas duas preferidas:

[Fernanda Young]



['Trauma']

quarta-feira, 22 de abril de 2009

"Não que seja certo ou que seja assim..."


"Tanto choro e pranto

A vida dando na cara
Não ofereço a face nem sorriso amarelo."
(Lenine, Martelo Bigorna)



É realmente complicado levar certas coisas. Se por um lado minha situação não anda bem, por outro eu não posso reclamar, pois já esteve bem pior.
Eu tenho vontade de verdade, de não brigar mais, nem preguejar, nem retrucar sobre inutilidades (isso inclui coisas e pessoas) e sobre como muita gente pensa e opina, mas é mais forte que eu! Eu juro!

Por mim eu parava, namoral. Mas esse "por mim" ainda não está funcionando. Já pedi ajuda, muitas até; mas não tem adiantado muito não...
Eu quero mudar esse eu que estou agora. Ser menos ansiosa, psicótica, chiliquenta*, possessiva com tudo que eu penso ser meu e ser menos otária também.
No mais, eu só queria ser a eu de antes na vida de hoje, apenas com a ressalva de algumas coisas que aprendi nesse meio tempo.



*Chiliquenta: definição por Luis Ping ¬¬

terça-feira, 31 de março de 2009

Nota de agradecimento

Depois dos meus "meros devaneios tolos" que andavam me torturando, me deparei com o fato social mais comum do mundo: Aniversário.
Tem gente que não leva tão à sério, tem gente que nem comemora né? Mas pra mim é tal qual um ritual, sem brincadeira.
Passei a semana inteira pensando no que fazer para "encher" o meu dia e o mais importante de tudo era organizar as pessoas dentro dele; justamente por causa da heterogeneidade dos meus amigos. Fiquei com um medo terrível de ser de uns e não ser de outros que já tinha até preparado um plano B, uma fuga estratégica pra não me sentir culpada de nada, já que na minha cabeça seria impossível juntar "tudo numa coisa só".

Mas foi bem aí que me pegaram: Numa surpresa muito bem bolada, com direito até a abalos psicológicos para desnivelar o meu humor [ Flávia deveria fazer psicologia, fato ¬¬], a minha surpresa foi além do bolo com Barbies e bandeja de panquecas. Foi uma surpresa moral.
Ver aquelas pessoas diferentes em amizades diferentes se unirem única e exclusivamente pra me ver feliz e que, de uma forma inconsciente e vergonhosa eu os subestimei. E perceber a sensação deles de dever cumprido por ver a cara de otária que só eu sei fazer por terem conseguido me fazer mais feliz do que tudo por ter todos eles por perto.

Pode até parecer meio breguinha mas a união deles me fez crer que, em meio a esse mar de insegurança em que eu navego, eu não vou me afogar nunca porque estou amparada de salva-vidas por todos os lados.

Pra Anne, Gordo, Tia Ping, Lu, Joel, Carol, Flávia,Lili, Dani, Bruno, Joice, Sávio,Day e os que participaram indiretamente dessa "conspiração do bem", a minha gratidão eterna é pouco pra agradecer a vocês. (não é drama não gente!). Amo vocês.