Eu postei esse texto em novembro, mas achei que ele devia ser "ré-postado" por motivos mais que óbvios.
Eu não sei se isso é uma impresão minha (ou da impressora?) mas, sempre que nos decepcionamos com alguém , a convivência com o resto do mundo acaba se tornando mais difícil. É aquela coisa: Você conhece uma pessoa, se deslumbra e, por alguns instantes acha que é a melhor pessoa do mundo(sim, por que todo mundo uma vez na vida, acha que já conheceu "A Pessoa").
E aí, depois de você ter feito todas as propagandas possíveis sobre ela, descobre-se que "nem era bem assim". Aí, qual é a primeira coisa que se pensa? -Não vou mais confiar em ninguém! - E, mesmo que se tente lutar contra isso, não tem jeito: Nunca mais vai ser a mesma coisa. E quem vem atrás é que sobra né? (lá ele!) mesmo sabendo que ninguém tem culpa da "overdose de encanto" que você teve, mas elas acabam sendo vítimas de uma situação que nem você mesmo controla e sabe explicar.
Então, a pergunta é: Quem inventou a defensiva? Por que resolvemos segui-la se todas as pessoas são diferentes e se nunca se sabe de quem vai gostar?
O que eu sei é que isso já é um fator dominante em mim. Tenho medo de gostar e um pânico terrível de desgostar, que é a pior parte do gostar. Mas sei que isso é um fator importante na minha evolução e nos meus conhecimentos afetivos. Por isso, se eu encontrasse hoje o cara que inventou a defensiva eu diria a ele que todo seu trabalho foi inútil; A gente ainda continua se deixando levar.
Lei Rouanet: O espantalho de Nando Moura
Há 7 anos