quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A paixão e a gastrite


[...]Vou ser direto: a paixão nos faz burros, ridículos, irresponsáveis. O mais complicado é que ela faz tudo isso e além do mais nos engana: temos a convicção de que ela nos torna o oposto. Charmosos, quase irresistíveis.
O apaixonado é um sofredor.
Ele não dorme. Ele come mal. Se ela telefona, ele tem uma crise de euforia. Se o telefone emudece obstinadamente, é motivo de aguda depressão. Se ela corresponde, ele é o rei do mundo. Se não, ele pensa alternadamente em matar ou morrer. Às vezes, nas duas alternativas. Ou numa terceira, se ela estiver interessada em outro cara.
Nenhum apaixonado de verdade escapa da gastrite. A gastrite é a prova definitiva do amor verdadeiro. E não qualquer gastrite, mas aquela que leite nenhum ameniza ou cura. Porque o problema está na mente insana, e não no estômago castigado.
[...]
A paixão fecha nossos ouvidos. Só falamos. Não conseguimos escutar nada e ninguém fora dos limites do nosso amor. Tente conversar com um apaixonado. Ele não vai registrar nada do que ouvir. Ele não vai derramar uma mísera lágrima pela história mais triste que você lhe contar.
Uma paixão está rondando você? Chute.
E trocará uma eternidade de angústia por um minuto de desalento. Mas -- como Montaigne escreveu – eu poderia estar aqui defendendo o contrário, com a mesma convicção.

"Bonito né? Mas não é meu não!"


Fábio Hernandez

6 comentários:

Luis Ping disse...

CEFETTTTTTTTTTTTT euheuheueuheuheuheuhe
interessante...

Cleitinho disse...

...

Essa mininA vai longeeeeeeeeeE.
Amei o posT LouisE ..a paixão não está me rondando ..mas quando rondar ..eu não vou chutar não.

hehehehehe ..

amei Lou .. essa via pro meu baÚ.

Operário disse...

Paixão é isso; Arrebatadora!

Unknown disse...

Eita!!

=D
eu sofro dos dois..
rsrsrs

;*

Louise Cardeal disse...

É mesmo...

Anne sofre dos dois :O

HUAHUAHUAHUHAUhuhU

Dani disse...

Duas coisas intimamente relacionadas... rsrsrs

Massa o texto, Lou!!